sábado, maio 29, 2004

De tanto esperar

De tanto esperar

a névoa cobriu o olhar com seu manto,
o vento impregnou a pele de maresia,
o mar escureceu por respeito à alma,
em tristeza perdida,
vagueando em ondas e marés...

De tanto esperar,

olhou para dentro,
vislumbrou passados,
reconheceu vis defeitos.
O álibi, sempre a mágoa.
Odiou-se.

De tanto esperar,

o coração desfeito em areias onde enterrava seus pés...