De tanto esperar
a névoa cobriu o olhar com seu manto,
o vento impregnou a pele de maresia,
o mar escureceu por respeito à alma,
em tristeza perdida,
vagueando em ondas e marés...
De tanto esperar,
olhou para dentro,
vislumbrou passados,
reconheceu vis defeitos.
O álibi, sempre a mágoa.
Odiou-se.
De tanto esperar,
o coração desfeito em areias onde enterrava seus pés...